O transtorno do pânico é caracterizado por episódios recorrentes e repentinos de crises de ansiedade intensa, costuma aparecer em forma de tremores no corpo, taquicardia, falta de ar, suor excessivo, medo de frequentar alguns lugares e a pessoa pode, inclusive, ter a sensação de que vai morrer ou perder o controle. Esses sintomas surgem de maneira inesperada, mesmo que não haja nenhum perigo iminente e atingem sua intensidade máxima em até dez minutos.
A pessoa que sofre de transtorno do pânico passa também a ter uma preocupação persistente com a possibilidade de ter novos ataques, o que gera ansiedade e tensão antecipatórias, podendo desencadear o desenvolvimento de outras fobias.
Para a ciência, diversas são as situações que podem desencadear os sintomas e as causas podem ser múltiplas: experiências traumáticas, adoecimento, genética, estresse extremo, entre outras.
É um problema que afeta muito mais pessoas do que se imagina e causa muito sofrimento, pois compromete as atividades da vida diária da pessoa.
Freud, o pai da psicanálise o descreveu, em sua época, como neurose de angústia, mas a terminologia para esse tipo de transtorno foi modificada várias vezes, ao longo dos anos, sendo hoje consagrada pela psiquiatria como transtorno de pânico.
É importante salientar que existe tratamento e o primeiro passo é a pessoa reconhecer que ela precisa de ajuda.
Outro ponto importante é começar a prestar atenção em quais situações a crise de pânico costuma acontecer, para procurar entender suas causas.
Algumas dicas para quem sofre desse problema:
– Caso perceba que uma crise está começando, procure lembrar que a crise é passageira e que ela terminará, no máximo, em trinta minutos. Lembrando que poderá terminar bem antes desse tempo.
Faça o seguinte exercício de respiração para ajudar:
– Inspire profunda e lentamente pelo nariz, contando mentalmente, até 4 (se for possível contar) e solte o ar, lentamente, também pelo nariz, contando até 4. Repita esse exercício até sentir-se mais calmo(a). Se for necessário, procure ajuda de um parente ou amigo que possa dar um apoio nesse momento.
E se você já teve uma crise de pânico anteriormente, procure lembrar-se, durante o exercício, de que você conseguiu superá-la. Isso poderá ajudá-lo(a) a se acalmar.
Porém, passada a crise, é fundamental procurar ajuda profissional, pois em grande parte dos casos, existem causas psicológicas que estão desencadeando esse problema. Em alguns casos, o tratamento psicoterapêutico poderá ser aliado a um tratamento psiquiátrico.
O ideal é dar início ao tratamento, o quanto antes possível, para aprender a lidar com as crises e, aos poucos, começar a trabalhar o trauma e as angústias. Não espere a situação piorar!
Pratique exercícios físicos para ajudar e faça um check-up de saúde geral, pelo menos uma vez ao ano.
Procure ajuda e tenha muita paciência para enfrentar um dia de cada vez, lembrando que é possível voltar a viver sem medo ou, pelo menos, aprender a controlá-lo para não sentir os sintomas físicos do transtorno do pânico e voltar a ter uma vida normal.
Carmen Janssen
Psicanalista, sexóloga e palestrante internacional.
Autora de diversos livros sobre sexualidade para o casal.
Membro da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana.
Atua como Sexóloga no Programa Versátil & Atual – Rede Família de Televisão.
Docente no Instituto Paulista de Psicanálise/IPP.
Idealizadora de diversos cursos e workshops para Mulheres.
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