Muitas pessoas me perguntam qual é a diferença entre o vibrador e o consolo ou consolador. De maneira geral, qualquer brinquedo erótico, que emita vibrações, independentemente de forma é um vibrador. Alguns possuem movimento giratório e a maioria funciona com pilhas, mas existem também os modelos elétricos.
O consolo, termo quase em desuso, é o mesmo que dildo, tem formato de pênis e não vibra. Foi desenhado para inserção vaginal ou anal, mas também para o estímulo do clitóris e outras partes do corpo. É muito usado entre casais, durante a relação sexual para aquecer as carícias preliminares. Também é usado na masturbação solitária, tanto por homens quanto por mulheres.
Sim senhor, homens também usam vibradores e dildos para se estimular sexualmente e isso não determina sua orientação sexual como muitos pensam.
Apesar de o vibrador ser um brinquedo muito usado em nossa cultura, muitas pessoas ainda têm preconceito e pensam que homem que é homem não usa vibrador.
Ninguém é obrigado a gostar de um brinquedo ou de outro para ser moderno, mas em pleno século XXI, é preciso acabar com o preconceito.
Talvez o formato de pênis não agrade a alguns, mas existem outros modelos e o estímulo da vibração em várias partes do corpo costuma ser muito prazerosa para muitos, pois ajuda a estimular diversas áreas erógenas.
Por outro lado, alguns homens heterosexuais ficam preocupados porque gostam de receber estimulação anal, eles pensam que podem ter alguma inclinação homosexual.
Vale lembrar que, anatomicamente, o pênis não é análogo à vagina, pois são órgãos que têm funções completamente diferentes. Por outro lado, não existe ânus masculino e ânus feminino, essa área do corpo, que é cheia de terminações nervosas e por essa razão bastante sensível, tem a mesma função em ambos os sexos. Por isso, se mulheres podem gostar de carícias no ânus, homens também podem. Além do mais, muitas pessoas não sabem, mas grande parte dos homossexuais masculinos, têm preferência por felação (sexo oral – boca no pênis). Portanto, se você gosta de carícias no “derrière”, fique tranqüilo, isso é normal.
Segundo alguns historiadores o dildo mais antigo foi descoberto por arqueólogos no Paquistão há uns 4000 a.C., é o brinquedo sexual mais antigo e mais popular, pois é encontrado em todas as culturas e sua representação já existia na arte paleolítica.
Na antiga Grécia já eram vendidos pelos mercadores gregos às mulheres mediterrânicas que o compravam para se dar prazer, elas também já usavam dildos de vidro ou de barro. Vale ressaltar que esses brinquedos devem ser utilizados com camisinha, pois também podem transmitir doenças sexualmente transmissíveis e Aids, quando compartilhados. Jamais devem ser introduzidos no ânus e em seguida na vagina sem antes serem muito bem higienizados, o mesmo vale para o pênis.
Alguns homens ou mulheres podem ficar inseguros quando descobrem que o(a) parceiro(a) usa um brinquedinho erótico, mas é preciso esclarecer que o brinquedo é apenas um acessório complementar para variar o sexo e até para ser usado quando a pessoa amada não está disponível. Um brinquedo sexual, nunca poderia substituir uma pessoa. Além do mais, é preciso lembrar que é sempre a pessoa que está no comando, é como uma masturbação, ao invés de usar a mão usa-se o acessório.
Hoje em dia com a tecnologia, muitos casais brincam com acessórios, estimulando-se e exibindo-se um para o outro, via webcan, quando estão distantes um do outro.
Bem, mas não são só os vibradores e dildos que complementam momentos eróticos, afinal existem no mercado uma infinidade de brinquedos sexuais para todos os gostos, dados, jogos de cartas, incensos, luvas, óleos de massagem, loções para sexo oral, chocolates em formatos fálicos, velas que não queimam a pele, pinturas comestíveis para o corpo, talco comestível, livros eróticos, algemas, chicotinhos e uma infinidade incontável de idéias criativas para quebrar a rotina e estimular o prazer do casal.
Os brinquedos sexuais podem desempenhar um papel importante na vivência erótica pessoal e dos casais e contribuir para uma sexualidade lúdica, prazerosa, saudável e satisfatória.