Você sente que precisa aumentar a sua autoconfiança? Sente que muitas vezes fala sim, quando gostaria de falar não? Preocupa-se em demasia com a opinião alheia? Gostaria de fazer melhores escolhas em sua vida? Sente que poderia ser mais feliz, do que você é? Está sempre achando que poderia ser mais bonita? No relacionamento afetivo-sexual, gostaria de poder falar mais sobre os seus sentimentos sem receios?
Em meu consultório e durante as palestras que ministro pelo Brasil é comum eu ouvir as pessoas dizerem: “eu não tenho autoestima” ou “perdi minha autoestima”.
Mas, será que é possível perder a autoestima?
Primeiramente, vamos esclarecer que não existe ausência de autoestima!
Autoestima é a opinião ou sentimento (positivo ou negativo, consciente ou inconsciente) que todos nós temos em relação a nós mesmos. É a avaliação ou julgamento que cada pessoa faz sobre si própria.
Todos nós temos autoestima em qualquer situação ou momento da nossa vida. A questão é que ela pode estar baixa ou elevada. Mas, nunca ausente.
Outra questão importante para esclarecer é que, em nossa cultura, fomos ensinados desde pequenos que temos de ser “humildes” e que falar de nossas qualidades é arrogância. Essa ideia ficou tão “enraizada” na mente das pessoas que elas, muitas vezes, acabam confundindo humildade com o não reconhecimento das próprias qualidades.
Confundir autoestima com arrogância pode levar a pessoa a desenvolver sentimentos de menos valia e de inadequação em determinadas situações.
Um exemplo que acontece com frequência é quando a pessoa recebe um elogio e, em vez de agradecer pelo reconhecimento do outro, dizendo apenas, obrigado(a), ela se sente constrangida, pois acredita que o agradecimento indicará falta de modéstia de sua parte.
Então, prefere dizer: “imagina, são os seus olhos, gentileza sua”, “nem ficou tão bem feito assim”
Ou seja, sem perceber, a pessoa rejeita o elogio, negando que tem aquela qualidade, pois entende que essa atitude irá mostrar humildade da sua parte. Mas, tal atitude, ao longo do tempo, acaba afetando o seu sentimento de merecimento e em consequência, diminuindo a sua autoestima, mesmo que ela não perceba.
Dizer obrigado(a) ao receber um elogio não é sinal de arrogância. Isso é mito!
A arrogância está mais relacionada a uma atitude de prepotência pela avaliação positiva exagerada, que a pessoa costuma ter de si mesma, o que também costuma demonstrar sinal de baixa autoestima. Embora, muitas vezes, não pareça.
Autoestima é um tema muito amplo. Mas vamos ver algumas situações práticas?
Sinais de baixa autoestima
– Se você costuma ser pessimista em relação a sua capacidade de realização, nas diversas áreas da vida.
– Sente-se inadequada ou insegura nos relacionamentos.
– Na maioria das situações, evita dar sua opinião por receio de ser mal interpretada.
– Preocupa-se demais com o que os outros vão pensar.
– Tem dificuldade de dizer NÃO.
– Costuma ter a impressão de que as outras pessoas são mais felizes, do que você.
– Quando sente atração por alguém, logo pensa: “é muita areia pro meu caminhão”.
– Costuma ter pensamentos do tipo: “nunca vou conseguir aquela vaga”.
– Tem sentimentos de inferioridade em relação as outras pessoas.
– Costuma fazer-se de vítima e responsabilizar os outros pelos seus insucessos e dificuldades.
– Sente que a maioria dos seus relacionamentos amorosos são complicados e tóxicos.
Estas são algumas das situações que costumam sinalizar que a autoestima está baixa.
Se você se identificou com algumas dessas situações ou com situações semelhantes, saiba que você pode reagir! A boa notícia é que está em suas mãos!
Você possui recursos internos, que talvez não saiba, para superar essas dificuldades.
Precisa, apenas, ter a atitude de começar a jogar em seu favor, para começar a mudar esses padrões de comportamento. Como?
Algumas dicas práticas para aumentar a autoestima
– Saia da zona de conforto! Enfrente seus medos e preconceitos. Acredite! Existem outras formas de lidar com os seus sentimentos que você ainda não conhece.
– Se houver sentimentos de culpa e ressentimentos, eles precisam ser reconhecidos e elaborados.
– Não espere que o outro venha te salvar. Salve-se! Busque ajuda de alguém de confiança, se for preciso. Mas, a ação precisa vir de você.
– Valorize-se, dando prioridade a sua autoestima, cuide-se. O resto será consequência.
– Aprenda a reconhecer suas qualidades.
– Livros de autoajuda podem não ser a solução. Mas, ajudam a pensar sobre si e são um incentivo, desde que você esteja disposta a mudar certas atitudes que atrapalham a sua vida.
Algumas pessoas podem sentir maior dificuldade para reagir a esses sentimentos negativos.
Outras podem estar passando por momentos muito difíceis em suas vidas ou até mesmo, não sabem como mudar esses padrões de comportamento. Mas, é para isso que existem os recursos da psicanálise e da psicologia.
Se você sente que é muito difícil virar esse jogo sozinha, mas está empenhada em investir em você, procure ajuda profissional, porque vale muito a pena.
Investir na autonomia emocional é o melhor investimento que podemos fazer para nossa vida. Com o aumento da autoconfiança, elevamos a nossa autoestima e conquistamos mais liberdade, alegrias e realizações pessoais.
Está disposta a investir em você? Então, lembre o que eu disse acima, não espere que alguém venha te salvar.
E para dar mais um empurrãozinho, finalizo com a pergunta:
– Qual será o seu primeiro passo para elevar a sua autoestima e começar a conquistar realizações pessoais?
Carmen Janssen
Psicanalista, sexóloga e palestrante internacional.
Autora de diversos livros sobre sexualidade para o casal.
Membro da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana.
Atendimento presencial e online via Skype.
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